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Coimbra, 03 mai (Lusa) – O PSD “quer saber porque é que o país passou de um endividamento de 80 mil milhões para 160 mil milhões de euros em pouco mais de seis anos”, disse hoje, em Coimbra, Marco António Costa.
“Onde está o dinheiro” se “não foram feitas grandes obras públicas”, como o TGV ou o aeroporto e “se as estradas foram construídas para serem pagas nos próximos anos”, questionou o vice-presidente dos sociais democratas, que falava, ao princípio da noite, em Coimbra numa sessão de apresentação dos candidatos do seu partido às eleições de 05 de junho, por aquele distrito.
Quando o PSD “decidiu pôr um ponto final nas aventuras em que o PS estava a lançar o país, com PEC [Pacto de Estabilidade e Crescimento] sobre PEC, numa atitude completamente irresponsável e insensata” demonstrou ter razão”, afirmou aos jornalistas, à margem da sessão, Marcos António Costa.
“Finalmente começou a conhecer-se a realidade” de Portugal, designadamente a nível financeiro, “em toda a sua dimensão”, acrescentou.
Apesar do PS “não fornecer todos os elementos que o PSD tem solicitado e de o governo continuar a ocultar esses elementos aos portugueses é hoje claro que é extremamente difícil a situação em que nos encontramos”, sublinhou.
Questionado pelos jornalistas sobre as expetativas que o PSD tem para as próximas eleições no circulo de Coimbra (onde o número de deputados baixa de dez para nove, em relação ao anterior ato eleitoral), o dirigente social democrata disse não serem “altas”, mas antes à “dimensão da qualidade da lista” que o seu partido apresenta e, portanto, acredita que o PSD “vai aumentar o número de eleitos”.
De resto, sublinha, em Coimbra os socialistas apresentam a ministra Ana Jorge como cabeça de lista, que, como o governo que ela integra, não pode falar em Estado social.
Foi “este governo do PS”, acusa, que, por exemplo, cortou o “transporte aos doentes mais carenciados”, foi o PS que “introduziu e aumentou as taxas moderadoras” e “introduziu as taxas moderadoras para cirurgias”.
Igualmente otimistas sobre os resultados eleitorais é o discurso do cabeça de lista social-democrata por Coimbra, José Manuel Canavarro.
“Não tenho dívidas que vamos ganhar cá e no país”, afirmou Canavarro, considerando que Coimbra “tem sido muito pouco considerada – para não dizer desconsiderada – durante estes seis anos de governo PS”.
Exemplo disso, adiantou, é o caso do Metro Mondego, mas “o PSD vai fazer tudo para que este problema seja solucionado” e “se formos governo vamos resolver esse problema”, garantiu.
JEF
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