quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Portugal era o País Gémeo da Grécia

Porto, 09 out (Lusa) - O Secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social disse sábado à noite, no Porto, que Portugal era o "país-gémeo da Grécia" e desde que o atual Governo assumiu funções readquiriu a sua "credibilidade".
Marco António Costa, que falava durante o encerramento do "Fórum: Portugal pelas Novas Gerações", promovido pela Regional da JSD do Porto, acrescentou que este Governo conseguiu "repor a confiança em menos de 90 dias".
Numa intervenção com alguns apontamentos políticos e outros específicos sobre o setor governamental a que está ligado, Marco António Costa procurou distinguir aquela que, em sua opinião, foi a prática do anterior governo e a deste, frisando, por exemplo, que o "Estado sozinho não consegue responder às dificuldades sociais".
"Vamos pedir ajuda à sociedade" e deste modo procurar "uma congregação de esforços para combater a exclusão social", apontou.
A ideia é que essa tarefa possa contar com "as IPSS, misericórdias, mutualidades" e empresas com atividade social e não apenas o Estado, explicou, referindo ainda que vai ser preciso "mais voluntariado".
Sobre medidas concretas, Marco António Costa citou o plano de emergência social já anunciado pelo Governo e "a majoração do subsídio de desemprego para casais que tenham filhos ou unidades familiares monoparentais".
O microcrédito é outra aposta, neste caso para fomentar "o empreendedorismo fundamentalmente para muitos jovens que estão à procura do primeiro emprego", neste sentido "o Governo está a trabalhar num programa" próprio, para o qual pensa destinar "15 milhões de euros".
"É preciso promover o mercado intermédio de arrendamento, para garantir que cada um tem uma habitação" de acordo com os seus rendimentos no momento, salientou.
Marco António Costa voltou depois a um tom mais político, para considerar que Portugal é agora "uma nau que vai em direção a terra firme", quando no passado seguia "ao sabor do vento".
Questionado por um jovem social-democrata sobre a fraude no rendimento social de inserção, o secretário de Estado respondeu que "a fraude existe em todas as atividades" económicas.
"Combatemos diariamente as fraudes em várias frentes", afirmou, adiantando que "o Governo conta chegar ao fim do ano com mais de 500 milhões de euros recuperados" de prestações sociais que foram indevidamente atribuídas.

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