sexta-feira, 16 de março de 2012

António Borges: "Há investidores interessados em investir umas 'massas valentes' em Portugal"

O ex-director do FMI considera que Portugal está a caminhar a passos largos para alcançar a estabilidade financeira. Quanto ao processo de privatizações António Borges acredita que este tem "sido extremamente transparente e bem recebido lá fora".

"O processo de privatizações, que já começou, tem sido extremamente transparente e extremamente bem recebido lá fora", considera António Borges.

O ex-director do FMI e a pessoa escolhida por Passos Coelho para supervisionar o processo de privatizações apontou ainda que as privatizações estão a ser observadas e, nomeadamente em Londres, há pessoas que estão surpreendidas com a forma como este processo está a correr. Por isso, considera que isto "mostra que afinal há uns investidores interessados em investir em Portugal e investir umas massas valentes".
No discurso de encerramento da conferência da Insead, António Borges sublinhou que havia vários interessados nas privatizações, mas que os chineses ganharam “porque puseram mais dinheiro em cima da mesa e um país que está aflito, como nós estamos, não pode utilizar outro critério senão o de quem paga mais”.

O facto de haver um leque de empresas que pretendeu entrar nas empresas portuguesas que já foram privatizadas amplo representa, na visão do responsável, uma alteração na “imagem, na reputação do país”.

António Borges salientou ainda que “há investidores com um pouco mais de apetite pelo risco que já começam a pensar em Portugal como um país” onde pode “haver oportunidades que não se vão repetir muitas vezes”.

Assim, e neste sentido o homem escolhido por Passos Coelho para supervisionar as privatizações defende que muitos investidores estão a aperceber-se de que Portugal “está provavelmente a chegar ao ponto de dar a volta e é aqui que eu quero entrar. Não é quando as coisas já estão melhores”.

Na base desta ideia, defendida por António Borges na conferência da Insead, está o facto de Portugal estar a caminhar para a estabilidade financeira, e ter “um grande potencial de crescimento”, assim como “estar a recuperar credibilidade e competitividade. Só falta capital”. Por isso, e nesse sentido, aponta que esta é uma oportunidade para quem quer investir.

Fonte: Jornal de Negócios

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