quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

“Yield” das obrigações soberanas a dez anos caiu para 6,261%


“Yield” das obrigações soberanas a dez anos caiu para 6,261%. É preciso recuar ao início de Dezembro de 2010 para encontrar o mesmo valor.

Após três sessões a subir, as “yields” da dívida pública portuguesa regressaram esta manhã às quedas em todos os prazos. Essa queda acentuou-se significativamente ao longo dia, com descidas a oscilarem entre os 25 e 34 pontos base. No caso das obrigações soberanas a dez anos, a taxa de rendibilidade caiu para 6,261%, o que traduz um novo mínimo da “era” da troika, sendo preciso recuar ao início de Dezembro de 2010 para encontrar o mesmo valor.

O ministro das Finanças está no BCE em reuniões de trabalho que têm como objectivo preparar o regresso de Portugal aos mercados e desenvolver as acções necessárias à concretização da união bancária, revelou fonte oficial ao Negócios. Vítor Gaspar foi para Frankfurt quarta-feira, dia 9 de Janeiro e regressa amanhã sexta-feira, 11 de Janeiro.

A primeira abordagem que o Governo português fez ao mercado de dívida e longo prazo foi em finais do ana passado através da operação de troca de obrigações que vencem em Setembro de 2013 – e que já não podiam ser pagas com o empréstimo da troika – por títulos com maturidade até 2017. Desde que solicitou ajuda externa, em Abril de 2011,
Portugal fez apenas emissões de bilhete do tesouro.

A Irlanda, após outro de tipo de emissões, nomeadamente um operação de troca como a realizada por Portugal, fez nesta semana aquela que se pode considerar a primeira emissões de títulos de longo prazo, com maturidade de cinco anos que foi considerada bem sucedida.

Os analistas têm considerado que Portugal seguirá uma estratégia semelhante à da Irlanda que abrirá o caminho para o regresso aos mercados. O governo português tem acompanhado de perto as operações realizadas pela Irlanda.

As reuniões de Vitor Gaspar no BCE nestes dois dias enquadram-se nesta preparação de regresso aos mercados, estando em cima da mesa, entre outros temas, a avaliação e ponderação de montantes e calendários de uma emissão.

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