segunda-feira, 23 de maio de 2011

“A política do medo, instrumentalizando os sentimentos mais nobres das pessoas”

O cabeça de lista social democrata no Porto, Aguiar Branco, acusou hoje José Sócrates e Francisco Assis de usarem “a política do medo, instrumentalizando os sentimentos mais nobres das pessoas” sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“Isto é não ter valores e limites no uso de uma campanha desonesta”, afirmou, garantindo que o PSD não quer acabar com o SNS ou o Estado social”.

“Não confundimos Estado social com estado socialista gastador, clientelar e promíscuo”, afirmou Aguiar Branco, falando num jantar em Amarante perante cerca de meio milhar de apoiantes.

O cabeça de lista pelo distrito do Porto criticou o que considerou ser a “encenação na campanha do PS”, dando o exemplo “da lágrima de José Sócrates” na iniciativa sobre as Novas Oportunidades.

Segundo Aguiar Branco, “essa lágrima” justificava-se mais “se tivesse a ver com cada um dos 700 mil desempregados que o PS deixa no país”.

A propósito das Novas Oportunidades, o candidato social-democrata lembrou que nesse programa foram gastos três mil milhões de euros.

“Ele [José Sócrates] deve prestar contas se foi para a qualificação ou para fazer propaganda dessa iniciativa em benefício do PS”, observou.

Sobre o debate de sexta-feira entre o líder do PSD, Pedro Passos Coelho e o secretário-geral do PS, José Sócrates, Aguiar Branco afirmou que “teve um significado muito especial para a mudança da forma de estar e fazer política em Portugal”.

“Até ontem parecia que a lógica do fingimento tinha sempre prioridade e mérito em relação à autenticidade. Ontem ficou demonstrado que não é preciso andar a enganar e esconder-se na cobardia de não apresentar as propostas para se ser vitorioso”, disse o candidato a deputado do PSD.

Aguiar Branco acusou José Sócrates de “cobardia por ignorar perante os portugueses” que no memorando que o Governo assinou com a ‘troika’ para ajuda financeira ao país está prevista “uma diminuição na Taxa Social Única”

“Ou mentiu à ‘troika’ ou mentiu aos portugueses”, concluiu.

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