Os resultados eleitorais de domingo confirmaram aquilo que aqui escrevi muitas vezes: o avolumar da rejeição e do desejo de mudança que os portugueses foram sentindo face à linha política seguida pelo primeiro-ministro ainda em funções.
A derrota do Governo que aprofundou a crise do País em vez de encontrar modo de a minimizar foi clara e também a expressão inequívoca da falta de confiança que os portugueses há muito tempo sentiam no executivo socialista.
Esta mudança política que varreu o País traz esperança e expectativas, mas também ansiedade aos portugueses. A situação é, como todos sabem, difícil e vai exigir de todos o máximo das competências e empenho para vencer as adversidades.
O que há para fazer não é para meia dúzia de dias nem terá resultados positivos rapidamente. É um processo complexo, difícil e longo de reforma do Estado e da sociedade. Terá que ter a colaboração e a paciência dos portugueses para que possa ser levado a bom termo. Importa que todos tenham em conta o ponto de partida que o novo Governo vai encontrar, uma situação económica e social sem precedentes na história da nossa democracia.
O programa e a promessa feita em campanha eleitoral de um Plano de Emergência Social (PES) que acuda aos mais necessitados exige uma parceria entre o Estado central e organizações da sociedade, desde as autarquias até às IPSS e Misericórdias passando por cidadãos e instituições que queiram contribuir para o objectivo de rapidamente acudir aos que pouco ou nada têm neste momento. Será a estas organizações que o Estado deverá deixar um papel estrutural na construção e aplicação deste plano, assumindo-se como um parceiro, importante mas não dominador.
Outro ponto essencial a ter em conta será a atenção que o Governo deverá dar à nova realidade económica do País, nomeadamente no Norte, onde, a par das falências e fecho de empresas, surgem novas empresas dinâmicas, exportadoras, com nova tecnologia, ‘design' arrojado e métodos de trabalho de excelência. Muitas em sectores tradicionais, revelando uma enorme vivacidade e capacidade de inovação que o Governo não pode descurar nos seus planos de fazer crescer a economia.
Como autarca de uma das maiores e mais progressivas cidades do País, assumo e promoverei ainda mais no futuro, a obrigação de incutir confiança nos cidadãos e nos agentes económicos, de actuar no plano social para minimizar os efeitos da crise entre os mais necessitados e de procurar ser um catalisador do desenvolvimento do território de modo a que a economia cresça e, assim, se possa criar riqueza e emprego
www.marcoantoniocosta.com / www.facebook.com/marcoantoniocosta.mac
Sem comentários:
Enviar um comentário