Na última reunião do Executivo Municipal a maioria socialista apresentou uma proposta que mereceu, por parte dos Vereadores eleitos pelo PSD de Vila do Conde, uma contundente crítica. Com efeito, a equipa do Eng. Mário Almeida levou à reunião uma proposta para aprovação de trabalhos de suprimento de erros e omissões na obra de «Requalificação da EB 2/3 Frei João de Vila do Conde», trabalhos esses que representam 42,37% do preço contratual daquela obra, ou seja, 1.838.438,93 € + IVA.
Recorde-se que a Requalificação da EB 2/3 Frei João, obra que se insere no plano de requalificação do parque escolar, foi adjudicada por um valor total de 4.339.076,86 € + IVA, sendo uma das mais dispendiosas de todas as que foram levadas a cabo no concelho de Vila do Conde. Ora, neste momento, o Câmara Socialista, que tem é a dona da obra, vem assumir o seu colossal falhanço ao apresentar tão expressivo desvio face ao valor de adjudicação da obra.
Como é óbvio, não estamos perante um mero erro ou de uma fugaz omissão. Os Vereadores eleitos pelo PSD lembram que se trata de um acréscimo de quase mais metade do inicialmente contratado e que em lado nenhum do mundo isto pode ter a aceitação de quem entende a gestão da coisa pública como um acto responsável e equilibrado. Na reunião do Executivo em que o assunto foi discutivo, os Vereadores Pedro Brás Marques, Marisa Postiga e Carlos Figueiras consideraram, em uníssono, que "estamos perante uma prova clara e insofismável de grave irresponsabilidade". Para jusificar a sua posição, apontaram duas razões:
Primeiro – a serem necessárias tais obras e na dimensão em que se apresentam, isso quer dizer que ou o projecto foi mal pensado e equacionado ou o caderno de encargos foi mal elaborado. Qualquer das respostas é susceptível de censura grave.
Segundo – Numa altura em que se clama por contenção de despesas, a Câmara de Vila do Conde vem dar mais um vivo e público manifesto de que despreza a crise e a política de contenção que se pretende levar a cabo. Recorde-mos, muito sumariamente, que este tipo de situação não é novidade, que em Janeiro aceitou pagar 2,5 milhões de euros por obras realizadas em 2005 e que, nem há um mês, contratou a título definitivo cerca de cinco dezenas de funcionários para somar ao milhar e meio que já dispunha.
Os Vereadores terminaram a sua intervenção referindo que "não espanta, por isso, a situação de falência que emerge dos 105 milhões de passivo aprovados no Relatório de Contas de 2010".
O Gabinete de Comunicação do PSD/Vila do Conde
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