A visita recentemente efectuada pela Comissão Política do PSD de Vila do Conde às freguesias de Árvore e Azurara foi reservada para tratar de assuntos eminentemente ligados ao ambiente.
Começando em Azurara, a comitiva liderada por Miguel Paiva, Presidente do PSD de Vila do Conde e que integrou autarcas das freguesias em causa, esteve no local onde desagua a Ribeira da Granja, tendo testemunhado o enorme grau de poluição que aquele curso de água transporta. Desaguando no Rio Ave, este é mais um contributo que Vila do Conde está a dar para a má qualidade das águas do nosso Rio Ave e, consequentemente, das praias de Azurara e Árvore, as quais não foram, obviamente e muito por questões destas, galardoadas com a bandeira azul.
Subindo o leito daquele curso de água a comitiva social democrata deslocou-se a Árvore, ao local onde está instalado o Ambicentro de Árvore, local que seria suposto fazer o tratamento dos efluentes gerados pelas centenas de armazéns da Zona Industrial da Varziela. Aí, foi com profunda preocupação que pudemos constatar a situação de completo abandono a que se encontram votadas as instalações do Ambicentro de Árvore e as gravíssimas consequências desta situação.
Assim, constatamos que aquele espaço não se encontra vedado a estranhos e que as instalações foram vandalizadas e incendiadas encontrando-se totalmente degradadas.
Para além disso, aquele espaço tem vários poços, espalhados pelo enorme terreno, que se encontram abertos e com água em volume suficiente para matar alguém que tenha o azar de lá caír.
Acresce ainda que o espaço em causa está dotado de um conjunto de tanques que seria suposto fazerem o tratamento dos resíduos produzidos pela Zona Industrial da Varziela, os quais estão desactivados há alguns anos e em contínuo e acelerado processo de degradação.
Todo este panorama “dantesco”, que pode, a qualquer momento, colocar em causa vidas humanas, é rematado pela existência de descargas permanentes na Ribeira da Varziela (o mesmo curso de água que em Azurara ganha o nome de Ribeira da Granja), que se situa a escasos 50 metros do Ambicentro, as quais são um enorme foco de poluição daquele pequeno mas martirizado curso de água. Isto prova-nos que os resíduos que deveriam ser tratados no Ambicentro estão a ser despejados directamente num curso de água deste concelho sem qualquer tratamento e, por isso, ao arrepio das normas ambientais.
Ao tomar conhecimento real deste estado de coisas, Miguel Paiva mostrava-se indignado e surpreendido, o que levou a que, logo na passada segunda-feira, tivesse escrito uma carta ao Sr. Presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde, solicitando o seguinte:
1.- Que providencie no sentido de ser garantida a vedação do espaço do Ambicentro de Árvore e que todos os poços abertos sejam de imediato tapados, evitando-se assim que possa acontecer uma desgraça que roube vidas humanas;
2.- Que providencie no sentido de terminarem as descargas permanentes que estão a poluir a Ribeira da Varziela, encaminhado aqueles detritos para uma ETAR;
3.- Que esclareça qual o destino que a Câmara Municipal pensa dar ao Ambicentro de Árvore, pois trata-se de um espaço de grande dimensão e que pode ser muito útil ao concelho.
O PSD de Vila do Conde espera, com este alerta, dar um contributo válido e positivo no sentido de podermos, todos juntos, melhorar o ambiente do nosso concelho e, com isso, construirmos um futuro ecologicamente sustentado e que nos orgulhe a todos.
Este assunto foi motivo de uma alargada reportagem no Jornal de Notícias da passada sexta-feira, cuja cópia se anexa.
O Gabinete de Comunicação do PSD/Vila do Conde
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