quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Deputado do PSD questionam o Ministro da Economia

Os deputados do PSD questionaram, esta terça-feira, o Ministro da Economia sobre a anunciada proposta de aumento da energia eléctrica. Nuno Encarnação, o primeiro social-democrata a intervir, começou por afirmar que Governar o País numa altura destas é um desafio de uma enorme responsabilidade. Na opinião do deputado, “esta é a hora da verdade” e verdade é, por exemplo, “não esconder défices, é mostrar aos Portugueses as contas do seu País, é assumir apenas as dívidas que podemos pagar, é decidir em prol de um futuro de um País, é ter o sentido de responsabilidade e não o inverso”. “Mas a diferença de definições permanece entre estes dois Partidos. Défice, era uma palavra que o PS não sabia prenunciar. Derrapagens, era outra das palavras até hoje inexistentes nesse mesmo Partido e veja-se de repente quantas vezes hoje infelizmente as temos de as dizer. Pronunciamos tudo isto hoje em dia às claras num País que poderia ficar às escuras, num País onde o défice de tarifário da energia é hoje de cerca de 3 mil milhões de euros, em 2015 e se nada fosse feito, cresceria para níveis de 8 Mil Milhões de euros”. Face a esta herança desastrosa, o social-democrata questionou se seria possível não subir o preço da electricidade, assobiar para o lado como outros faziam e nada fazer era a solução mais correcta, questionou. Nuno Encarnação questionou, ainda, quantas as pessoas abrangidas pelas medidas sociais que Governo decidiu implementar.

“Tenho a certeza que tudo tem feito para evitar o mais possível sacrifícios maiores para os Portugueses, mas a herança é inegável, este testamento foi escrito infelizmente a tinta permanente e assinado por baixo, os Portugueses sabem quem inscreveu o seu nome em todas estas linhas e sabem que 100 dias têm servido para resolver problemas dos 6 anos de absoluta socialista. Um País à luz da vela, foi tudo o que estes senhores nos deixaram”.

A concluir a sua intervenção, Nuno Encarnação recordou que “chegámos a este estado, o de ter de fazer de facto muito para além do memorando da troika, fruto do PS ter posto o País muito para além das suas capacidades”. “Este primeiro semestre apresentou um défice de 8,3% e o PS acha que tudo se resolve sem medidas adicionais. Num País em coma e o PS quer ligar apenas o ventilador. Empurrar a dívida para o futuro era a grande frase do anterior Governo, antecipar o futuro sem dívida é apenas tudo o que nós queremos que o Sr. Ministro nos garanta”.

Seguiu-se a intervenção de António Leitão Amaro. Na opinião do deputado do PSD, foram decisões políticas erradas que criaram esta situação e essas decisões foram tomadas pelos socialistas. O social-democrata entende que este é o tempo de inverter a decisão política e saudou o Ministro por, perante um cenário que foi posto de aumento de 30% dos custos da energia, ter tomado decisões que inverteram essa situação. O deputado enfatizou que, em apenas 100 dias, o Governo conseguiu impedir um aumento de 30% nos custos da energia. A Álvaro Santos Pereira o parlamentar questionou se o caminho de insustentabilidade foi finalmente parado e se o Governo se sente capaz de continuar a tomar medidas para o corrigir o caminho que vinha a ser seguido.

A encerrar a participação da bancada do PSD esteve Luís Menezes. O Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PSD afirmou que fraqueza é a situação em que os socialistas deixaram o país, afirmando que, infelizmente, os portugueses têm de saber porque é que vão ser obrigados a fazer estes sacrifícios.

De seguida, o parlamentar recordou que, em apenas 100 dias, este Governo propõe-se a criar um sistema de energia sustentável e disse aos deputados da bancada do PS que seria importante que falassem com o seu líder parlamentar, anterior Secretário de Estado da Energia, para que ele explique o que fez no anterior Governo e para que na próxima reunião os deputados do PS não venham para a Comissão fazer as intervenções que fizeram.

Luís Menezes elogiou, ainda, a disponibilidade já demonstrada pelo Ministro para voltar a esta Comissão, o que faz com que, em apenas 4 meses, essa seja a 4 vinda do Ministro à Comissão, o que demonstra o respeito que tem pelo Parlamento.

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