Luís Montenegro frisou, esta sexta-feira durante o debate quinzenal com o Primeiro-Ministro, que este é um momento crucial da nossa vida colectiva. Segundo o líder parlamentar do PSD, durante anos vivemos acima das nossas possibilidades, gastámos mais do que tínhamos e do que devíamos gastar, chegando assim ao ponto de ser necessário pedir ajuda externa para cumprir os compromissos básicos do Estado. O parlamentar recordou que todos sabíamos que o plano de resgate era exigente, que a disponibilização dessas verbas pressupunha que tomasse-mos diversas medidas, que baixasse-mos o endividamento e colocasse-mos o Estado a gastar menos. Contudo, acrescenta, ao se ouvir algumas pessoas parece que os nossos credores são obrigados a nos dar o dinheiro e que somos nós que ainda ditamos as regras. Mas não é assim.
De seguida, Luís Montenegro assegurou ao Primeiro-Ministro a total solidariedade de todos os deputados do PSD, pois, a seu entender, “esta é a hora da verdade do Governo, da maioria que o apoia e da oposição”. “É a hora em que convocamos todo o país a colaborar na salvação do nosso Estado. Uma hora em que devemos pensar menos em nós e pensar mais no interesse colectivo e dos que virão a seguir a nós”. O social-democrata enfatizou que o PSD responde ao desafio que Passos Coelho lançou ao país. “Estes 108 deputados do PSD estão ao seu lado para, com os portugueses, cumprir a missão histórica e patriótica de recuperar e reformar Portugal”.
No que respeita ao Orçamento do Estado, o líder da bancada do PSD lembrou as várias medidas que demonstram a preocupação social do Governo. O social-democrata questionou se medidas como a manutenção da taxa mínima do IVA em bens essenciais, a protecção dos agregados familiares mais numerosos, o não agravamento da fiscalidade das IPSS, podem ser interpretadas como a expressão social do Governo e o cumprimento da promessa de não deixar ninguém para trás.
Luís Montenegro debruçou-se ainda sobre o Plano Estratégico dos Transportes, que ficou pronto em pouco mais de 100 dias, e sobre as medidas de estímulo à regeneração e reabilitação urbana, considerando-as vitais.
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