O Parlamento começou, esta quinta-feira, a debater o Orçamento do Estado para 2012. Na bancada do PSD, Luís Montenegro começou por registar duas notas evidenciadas pelo líder do PS, a primeira para saudar a postura construtiva que anunciou e que é essencial para uma discussão serena e profunda do Orçamento. A segunda, o facto de ter dito que este não era o Orçamento do PS. “Graças a Deus que este não é um Orçamento do PS. Se fosse um Orçamento do PS talvez não fosse tão austero, mas seria mais despesista, talvez não fosse tão exigente, mas seria mais facilitismo, talvez não fosse tão realista, seria mais ilusório e prometeria aquilo que não poderia cumprir. E por falar em estigmas sobre a função pública e reformados, seria também um Orçamento que iria cortar salários da administração pública, que iria congelar as pensões mínimas dos reformados e que reduziria o abono de família”.
Na opinião do líder parlamentar do PSD, este é um Orçamento duro e exigente, que não esconde as dificuldades e não cria falsas expectativas. O social-democrata entende que o momento é de grandes tormentas na Europa, na zona euro, de tormentas pela situação de endividamento a que o país chegou, pela dificuldade de financiamento das nossas empresas e de tormenta pela insegurança que sabemos que as pessoas sentem. “Estas tormentas não podem ser motivos de lamúrias, tem de ser enfrentadas com coragem e determinação. Temos de conseguir dobrar o cabo e vencer todas estas tormentas”.
Luís Montenegro frisou, ainda, que este Orçamento é desafiante porque não tem folgas, temos de executar este Orçamento desde a primeira hora e desde o primeiro momento. Contudo, o deputado vincou que este é um Orçamento duro mas que não quer deixar ninguém para trás. “Ao mesmo tempo que pedimos sacrifícios às pessoas temos de demonstrar que o próprio Estado também é capaz de fazer os seus sacrifícios”.
Ao Primeiro-Ministro, o parlamentar pediu para que expusesse este caminho de reestruturação do Estado e a redução da sua despesa. O líder da bancada do PSD recordou, ainda, que há um ano o Orçamento socialista previa a diminuição de salários, o congelamento das pensões mais baixas, enquanto que este Orçamento não faz esse congelamento e decide não tributar as prestações sociais.
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