No âmbito do pacote da Governação Económica da Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários do Parlamento Europeu, as Comissões de Assuntos Europeus, Economia e Orçamento e Finanças receberam, esta terça-feira, os eurodeputados Diogo Feio e Elisa Ferreira. Na bancada do PSD, António Rodrigues começou por agradecer a presença dos eurodeputados e a oportunidade de, em conjunto, poderem debater estas matérias.
De seguida, e no prolongamento das intervenções iniciais dos eurodeputados, o social-democrata lançou uma provocação, questionando se existe mesmo uma Europa. De que forma é que, de imediato, os instrumentos que constam deste Pacto de Governação que foi hoje aprovado podem contribuir para minimizar os problemas que a Europa sofre neste momento, perguntou.
No entender do Vice-Presidente da bancada do PSD, desde logo, só pode haver Europa se houver no espaço da União Europeia um processo de liderança institucional que permita que a Europa possa fazer um contraponto relativamente aos outros grandes blocos que existem no mundo e que possa fazer da Europa um centro económico de desenvolvimento harmonioso. António Rodrigues lamentou, ainda, que enquanto os mercados decidem na hora, a Europa demore a reagir, contraindo, assim, várias problemáticas. A concluir a sua intervenção, o social-democrata quis saber em que medida é que estes instrumentos que agora foram aprovados nos podem ajudar.
Seguiu-se a intervenção de Nuno Matias. Do ponto de vista do parlamentar dificilmente saberemos qual será a realidade da Europa daqui a uma semana, mas o mais grave é termos dúvidas sobre qual seria a capacidade de resposta da Europa em relação a esses acontecimentos. Para o social-democrata essa é uma realidade que se tem vindo a agravar desde 2008, onde da crise financeira passamos para a crise económica, da crise económica passamos para a crise social e onde percebemos que um conjunto de processos de decisão são incomparavelmente mais lentos do que a velocidade dos acontecimentos.
A Diogo Feio e Elisa Ferreira o parlamentar perguntou se este Pacote agora aprovado tem em conta o conjunto de realidades heterogéneas dos diferentes países e de que forma ele poderá ajudar à construção de um novo modelo de crescimento europeu.
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