terça-feira, 13 de março de 2012

Passos recusa que demissão de Henrique Gomes seja cedência ao sector energético


O primeiro-ministro afasta que a saída de Henrique Gomes enfraqueça o seu Executivo. Já o ministro da Economia garante que as reformas no sector da energia são para manter e o acordo com a troika vai ser cumprido.

Questionado sobre se o Executivo sai enfraquecido e se a troca de secretário de Estado seja uma cedência ao sector energético, Passos Coelho disse: “Era o que faltava”.

Passos Coelho fez apenas breves declarações aos jornalistas depois da curta tomada de posse de Artur Trindade como secretário de Estado da Energia. Sem parar para prestar declarações, o primeiro-ministro disse primeiro que “não se trata de outra coisa que não a substituição de um membro do Governo”.

Questionado se esta alteração seria uma cedência ao sector energético e um sinal de fraqueza do Governo, Passos Coelho respondeu: “Era o que faltava”.

Henrique Gomes defendia que o "Estado tem de impor o interesse público ao excessivo poder da EDP" e quis implementar uma das medidas que consta no memorando de entendimento da troika e que passa por renegociar as rendas excessivas da EDP, por via de contratos que e eléctrica não quer renegociar.

Por isso a demissão do secretário de Estado é vista por muito como uma cedência ao sector energético.

Já o ministro da Economia prestou declarações aos jornalistas acompanhado pela sua equipa e no espaço para o efeito. Mas não se alongou muito mais do que o primeiro-ministro e acabou na prática por reiterar o que o seu ministério já tinha afirmado em comunicado.

Agradeceu o trabalho “muito importante” de Henrique Gomes à frente da Secretaria de Estado da Energia e garantiu que as políticas do ministério e do governo “irão ser mantidas”.

Fonte: Jornal de Negócios

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