“O programa de ajustamento está a correr como esperado e, em algumas áreas, está até a ser mais rápido do que o esperado”, começou por dizer Vítor Gaspar, no discurso de encerramento da conferência Growth and COmpetitiveness under Adjustment (“Crescimento e Competitividade no âmbito do Ajustamento”), que decorreu na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa
O ministro deu como exemplo a redução do défice da balança externa corrente que, no final de 2011, caiu para os 6,5% do Produto Interno Bruto (PIB), quando, um ano antes, era de 10%. Vítor Gaspar salientou que, nos primeiros meses deste ano, as exportações continuaram a manter boas taxas de crescimento. “Estamos a reequilibrar as contas externas” e este ajustamento “está a ocorrer a um ritmo mais rápido do que o previsto”, assegurou.
O ministro acrescentou também que há sinais de melhoria da competitividade por via da redução de custos e que isto irá dar margem de manobra à economia até que as reformas estruturais comecem a dar frutos.
A contribuir para os progressos da implementação do programa de ajuda está, segundo Vítor Gaspar, a “rápida adaptação do sector privado” – quer das famílias, quer das empresas, que ao reduzirem o consumo e o investimento, reduzem as importações e, também, o endividamento da economia.
De acordo com o ministro, esta adaptação é uma característica que o actual programa da troika tem em comum com os anteriores programas do FMI, em 1978 e 1983. “É minha convicção que o sector privado continuará a ajustar de forma relativamente rápida, contribuindo para um célere ajustamento na economia portuguesa”, afirmou.
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