sexta-feira, 30 de setembro de 2011
"A crise é uma oportunidade para o fortalecimento da economia"
O Primeiro-Ministro defendeu na Assembleia-Geral das Nações Unidas que o alargamento do Conselho de Segurança da ONU, actualmente em negociação, inclua lugares para Brasil, Índia e África. Pedro Passos Coelho quer um “Conselho de Segurança mais eficaz e mais representativo”, que reflicta adequadamente “as mudanças entretanto consolidadas”.
Numa altura em que Portugal concorre a um lugar no Conselho dos Direitos Humanos da ONU, para o biénio 2015-2017, Passos Coelho referiu-se à importância dos Direitos Humanos entre as principais prioridades a política externa portuguesa.
Pedro Passos Coelho sublinhou o “enorme orgulho dos portugueses” em participar nas operações de paz da ONU. “A nossa presença no terreno configura uma das nossas principais contribuições para o funcionamento de um multilateralismo eficaz. Os 'capacetes azuis' portugueses estão presentes em Timor-Leste e no Líbano, constituindo um dos maiores contingentes europeus em operações de paz das Nações Unidas”, afirmou.
O Primeiro-Ministro português declarou que o reconhecimento da Palestina como membro da organização aconteça só depois de um acordo de paz com Israel.
Passos Coelho saudou também as “primaveras árabes” no Egipto, Tunísia e em particular na Líbia, a que Portugal continuará a “dar o seu contributo para o êxito da transição” democrática, no Conselho e Comité de Sanções, a que preside. “Portugal viveu a sua transição democrática em 1974. Reconhecemos como foi então importante o encorajamento e o apoio dos nossos parceiros externos”, lembrou.
Na intervenção de cerca de 20 minutos, o Primeiro-Ministro defendeu ainda uma maior cooperação entre a ONU e organizações regionais – União Europeia, União Africana, Liga Árabe e também Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que “tem uma forte vocação para o reforço do multilateralismo, ao serviço da paz, da segurança e da democracia”.
O Primeiro-Ministro garantiu ainda que o “Governo e o Povo português estão a desenvolver esforços sem precedentes para cumprir o acordado com o Fundo Monetário Internacional e a UE […] na consolidação das nossas contas públicas e na implementação das reformas estruturais para a modernização da economia e a promoção do crescimento económico e do emprego”. Passos Coelho considera que a crise constitui “uma oportunidade para adaptação do nosso modelo económico e para o fortalecimento da economia portuguesa”.
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