A Comissão de Assuntos Europeus recebeu, esta terça-feira, o Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros para debater a política geral do Ministério. Em representação do Grupo Parlamentar do PSD, António Rodrigues começou por saudar o equilíbrio pela forma como o Ministro dos Negócios Estrangeiros apresentou a posição do Governo Portuguesa, apelidando-a de “clara e firme”. Segundo Vice-Presidente da bancada do PSD, Paulo Portas “não só demonstrou que o Governo português sabe o quer, como demonstrou que Portugal tem um caminho próprio que não precisa de se agregar a ninguém para definir o seu espaço e o seu desígnio futuro dentro do quadro da Europa”.
Relativamente à necessidade de alguns terem de rever as suas prioridades, o social-democrata referiu que “nós estamos no meio de uma verdadeira crise europeia, uma crise que é do euro, mas que é mais do que uma crise do euro. É uma crise de assentimento institucional por parte da Europa”. E o deputado quando aborda que é necessária uma revisão de prioridades, acrescenta, é porque “sem resolver a crise e as questões que estão em cima da mesa, eminentemente financeiras mas também económicas, é inútil e extemporâneo estar a defender a revisão dos tratados”.
A concluir a sua intervenção, António Rodrigues referiu-se ao Pacote da governação económica para afirmar que essa é uma questão vital que deve ser analisada de uma forma geral.
Seguiu-se a intervenção de Costa Neves. O social-democrata começou por elogiar a rapidez da vinda do Ministro à Comissão, o que aconteceu muito mais cedo do que seria espectável e por afirmar que apreciou a postura recatada, tranquila e focada que o governante manifestou em relação às matérias europeias.
De seguida, o parlamentar registou a referência que Paulo Portas fez aos países amigos da coesão e ao que isso significa de Portugal procurar parceiros que alinhem consigo na defesa das mesmas perspectivas que tem. Costa Neves salientou, ainda, a abordagem feita à política agrícola comum, no que respeita há necessidade de ser feito um reequilíbrio de distribuição dos proveitos dessa política pelos agricultores.
A concluir a sua participação, o deputado do PSD questionou se será possível, também a nível de governação económica, dar centralidade à comissão europeia
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