domingo, 30 de outubro de 2011

“As Parcerias Público-Privadas rodoviárias custaram, em 2010, 896,6 Milhões de euros”

O Parlamento discutiu, esta sexta-feira, uma Petição contra a introdução de portagens na Via do Infante. Na bancada do PSD, Paulo Cavaleiro começou por cumprimentar os peticionários e referir “que compreendemos as suas manifestações e reivindicações, mas o PSD não pode ser alheio ao estado económico que o país atravessa, devido aos últimos anos de desgovernação do PS”.
Segundo o social-democrata a “irresponsabilidade do lançamento de diversas estradas SCUT com a justificação de que «se pagariam a si próprias», por força do efeito económico por si gerado na economia, foi o argumento do Governo socialista utilizado em 1997. O efeito económico em situações como a que nos encontramos torna ainda mais difícil de acreditar que fosse credível este caminho. O PSD sempre defendeu o equilibrado princípio do utilizador-pagador. No seu programa eleitoral, o PSD nunca escondeu que introduziria portagens nas SCUT’s, e foi assim votado e legitimado politicamente pela maioria do povo português”.
De seguida, o parlamentar recordou que o próprio Governo socialista acabou por publicar, em Setembro de 2010, uma Resolução em Conselho de Ministros anunciando a introdução de portagens em todas as SCUT até 15 de Abril de 2010, mas devido ao eleitoralismo não as introduziu.
Paulo Cavaleiro referiu-se ainda às Parcerias Público-Privadas (PPP). O parlamentar recordou que as PPP rodoviárias custaram em 2010 aos cofres do Estado 896,6 Milhões de euros, ou seja mais 28% do que o previsto no Orçamento do Governo socialista para 2010. “Alguém, um dia no futuro vai escrever a história das scuts desde o seu inicio até esse tempo. E será muito interessante se perceber o que hoje já é óbvio, que alguém vai ter de pagar. Alguém que devia ter implementado a cobrança geral, não o fez porque, normalmente só pensa em eleições. Quem fizer então a história das Scut’s concluirá que os momentos mais negros, o das opções erradas nesta história, esse alguém é o PS e os momentos difíceis de decidir como resolver este assunto, esse alguém é o PSD”.

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