Num comunicado hoje divulgado sobre os resultados da terceira avaliação ao programa de assistência a Portugal, a 'troika' diz que "o programa está no bom caminho, mas subsistem desafios".
A equipa composta pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Comissão Europeia e Banco Central Europeu (BCE), destaca que o amplo consenso político e social em torno do resgate a Portugal "é um elemento chave".
A troika prevê que a economia portuguesa "continuará a enfrentar dificuldades" no decorrer deste ano, mas considera que a meta de 3,5% para o défice "permanece exequível". Hoje, Vitor Gaspar revelou que o governo prevê agora uma quebra de 3,3% do PIB este ano.
Nessa nota, a troika recomenda também "esforços adicionais para fazer face ao atraso de Portugal", nomeadamente nos sectores dos "serviços de rede e sectores protegidos". A 'troika' destaca especialmente a necessidade de acelerar os "esforços de reforma" no sector das telecomunicações e da energia, em particular na área da electricidade.
A troika indica ainda, tal como também Vitor Gaspar referiu hoje em conferência de imprensa, que os estados membros da zona euro estão a postos para continuar a apoiar Portugal até que o País volte a ter acesso ao mercado, o que deveria acontecer já no próximo ano, conforme acordado no programa de ajustamento. Contudo, são várias as vozes que duvidam que isso seja possível. Paul Krugman, o Nobel da Economia em 2008, é um deles, e ontem, em Lisboa, não deixou de o referir.
Com a nota positiva da troika, está assim aprovada a libertação da terceira tranche de financiamento a Portugal, no valor de 14,9 mil milhões de euros.
Sem comentários:
Enviar um comentário