"Confirmo com gosto que existirá um pico da dívida pública no próximo ano e em seguida haverá desacumulação sustentada do rácio da dívida pública no PIB", afirmou hoje Vítor Gaspar, ministro das Finanças, na conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Ministros, que aprovou o Documento de Estratégia Orçamental.
E será em 2013 que o Estado regressará aos mercados. A primeira obrigação do Estado português, que não está totalmente coberta pelo programa de ajuda externa, vence a 23 de Setembro de 2013 e, por isso,"temos de ter condições de regresso aos mercados antes dessa data". Mas Vítor Gaspar garante que, neste momento, as indicações que tem tido são positivas, nomeadamente as indicações traduzidas pelas taxas de juro de mercado e pelas manifestações de interesse por parte dos investidores internacionais. Estas duas situações sugerem que "nunca as nossas perspectivas de regresso aos mercados, dentro da data prevista, foram mais positivas do que hoje".
Também a dívida externa do país vai evoluir positivamente, diz o ministro das Finanças. "A principal diferença que encontramos é o facto das necessidades de financiamento se inverterem em 2014, passando o país a dispor de uma capacidade de financiamento” maior “ano após ano”. As necessidades líquidas de financiamento face ao exterior vão inverter-se a partir de 2014, ano em que existirá um excedente de 1% do PIB.
Vítor Gaspar garante que esta redução no "stock" da dívida externa do País (não só a pública, mas tambéma privada) "será também facilitada" por "estarmos a operar uma substituição de dívida por outros mecanismos de financiamento da economia, de natureza mais estável e com impacto mais favorável sobre o tecido empresarial em Portugal"
Fonte: Jornal de Negócios
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